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DICAS SOBRE MANUTENÇÃO ÓPTICA, ASSEPSIA E CUIDADOS EM GERAL

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Mensagem por Admin Sáb Jul 30, 2016 10:05 pm

LIMPEZA DE COMPONENTES ÓPTICOS

Lentes e espelhos devem estar com suas superfícies sempre limpas para uma um melhor aproveitamento da luz.
Nos equipamentos de iluminação convencionais, as lentes têm papel fundamental na qualidade de transferência da luz. Em equipamentos tipo elipsoidal, além dos jogos de lentes, o espelho que faz com que os raios luminosos sejam focados numa área restrita (espelho elipsoidal) deve estar sempre limpo, pois, do contrário, podem refletir a sujeira no foco.

Disponibilizo aqui algumas dicas de procedimentos de limpeza dos sistemas ópticos laboratoriais, que também podem ser utilizados em equipamentos de iluminação.

CUIDADOS COM COMPONENTES ÓPTICOS

Em geral os componentes ópticos são muito sensíveis, e o menor contato com outras superfícies pode estragá-los. Para evitar danos aos componentes é importante ter sempre os seguintes cuidados:
- Nunca coloque o dedo sobre a superfície
- Nunca limpe vidros com produtos que você não sabe que é apropriado
- Proteja o local onde os componentes são guardados pára que eles não risquem, ou fiquem batendo.

NÃO SUBMETA COMPONENTES ÓPTICOS A VARIAÇÕES BRUSCAS DE TEMPERATURA

Apesar desses cuidados serem gerais, alguns componentes são mais sensíveis que outros, por exemplo, uma lente de vidro de baixa qualidade pode ser limpa com uma flanela, enquanto que uma rede de difração pode ser danificada ao menor toque em qualquer superfície, e um polarizador pode ser inutilizado se entrar em contato com água. O mais importante é não arriscar, se vocÊ não sabe se pode então nãofaça!

TÉCNICAS DE LIMPEZA

Existem diversas técnicas de limpeza de componentes ópticos, vamos estudar apenas as técnicas mais simples, e com menor risco de danos,mas que também são as mais utilizadas no dia a dia do laboratório.
Jato de ar-comprimido ou nitrogênio: Para a remoção de poeira que seacumula diariamente nos componentes que foram expostos, a técnica mais indicada é a aplicação de um jato de ar-comprimido ou nitrogênio.
O jato pode ser de um cilindro de gás ou de um esfuminho. Esta técnica, além de simples, pode ser aplicada a todo tipo de componente óptico. O único cuidado a ser tomado á a pressão (força) do jato, que pode danificar componentes que possuem pequenas membranas.
Papel umedecido com álcool iso-propílico: Para retirar pequenas manchas e sujeiras que estão mais grudadas. Esta é a primeira técnica que deve ser utilizada devido a baixa agressividade dos álcoois na maior parte dos componentes ópticos, incluindo aqueles que possuem "coalting" (geralmente uma membrana de material plástico ou de um polímero)
Como fazer: Prenda um papel macio (ou gase) dobrado numa pinça - o papel tem que ficar firme. Molhe o papel com álcool iso-propílico sem excesso. Passe o papel delicadamente sobre a superfície, sempre na mesma direção. Caso a lente seja de baixa qualidade, a operação pode ser feita utilizado-se um cotonete. No caso de lentes de refletores de iluminação, pode-se utilizar um pano macio.
Cuidados: Nunca use duas vezes o papel ou cotonete. Se o componente óptico for de plástico, ou polímero, informe-se se ele não reage a álcool.
Banho com acetona: A acetona é indicada para remoção de manchas de gordura (digitais). Esta técnica é análoga a anterior , mas a reagente (acetona) é muito mais agressiva que o álcool, o que impede que ela seja utilizada em componentes de plástico ou com "coalting", e exige mais alguns cuidados. A evaporação da acetona, deixa manchas na superfície, portanto, após passar o papel com acetona deve-se lavar toda a superfície também com acetona e em seguida com água limpa,
Para remover o excesso de acetona, em seguida, a superfície deve ser seca utilizando-se jato de ar compriimido ou nitrogênio. No caso de componentes de vidro, ele é deixado alguns minutos numa estufa para secagem completa.
Limpeza de vidros e espelhos:
1) jato de ar comprimido ou nitrogênio
2) Papel umedecido com álcool iso-propílico
3) Banho com acetona

Prismas:

O procedimento de limpeza de prismas e outros componentes de vidro ou cristal, é semelhante ao procedimento adotado para a limpeza de lentes, entretanto é importante estar atento se o elemento possui algum"coalting" especial.

Redes de difração:

As redes de difração são uns dos elementos ópticos mais sensíveis, pois geralmente são fabricadas em materiais maleáveis e solúveis em acetona. A limpeza desse tipo de componente é feita apenas com jato de ar-comprimido ou nitrogênio. Apenas as redes gravadas em materiais especiais podem ser limpas com álcool ou acetona.

Polarizadores e filtros especiais interferométricos:

Apesar desses componentes serem resistentes mecanicamente (contra riscos) eles não resistem a produtos químicos como álcoois e acetona, portanto, a limpeza deve ser feita apenas com jatos de ar-comprimido ou com papel macio seco.

Conclusão:

Essa dica, que foi extraída em grande parte da apostila do "Curso de Medições Ópticas" do Instituto de Física Gleb Wataghin - Unicamp, oferece procedimentos mais adiantados do que aqueles geralmente utilizados por iluminadores, porém, iluminadores atualmente, trabalham também com equipamentos mais avançados, como: data-shows, lasers, fora os equipamentos inteligentes (moving lights, scans, etc), que possuem também componentes sensíveis.
Para o trabalho de limpeza de lentes comuns (equipamentos convencionais), os procedimentos são mais simples. Lavar em água corrente com sabão neutro, deixar secar ao sol, em estufas mornas ou com panos macios. O mais importante é saber que equipamentos limpos e bem cuidados, além de serem mais facilmente manuseados, contribuem com a qualidade da iluminação .

PESQUISA HISTÓRICA

Todo artista ao desenvolver uma obra de cunho histórico, necessita obter elementos da época para que seu trabalho tenha consistência,verdade.
Na iluminação, isso além de ser também verdadeiro é essencial, pois,épocas diferentes nos remetem a luzes diferentes.

De que maneira?

Vamos tomar o exemplo de um espetáculo que se passa na França do século XV.
As luzes naturais, ou seja, a luz do sol que incide em ambientes internos e externos vem "carregada" de subliminares de outros elementos que constituem a plástica do espetáculo.
Eu explico: Vamos supor que a luz incidente do sol sobre cenários e atores fora criada para dar impressão de uma reunião popular no pátio de uma catedral. O que poderia reforçar a idéia seria o trabalho minucioso das sombras que incidirão sobre o todo do palco.
Além disso, temos de levar em consideração que a luz, sendo também
elemento de linguagem, pode ter seus matizes alterados para compor o psicológico da cena.
Uma luz mais quente, amarelada, remete o público a um determinado estado de consciência, diferentemente de uma luz mais azulada. Além, é claro, de favorecer o entendimento dos horários em que a cena ocorre.
Nas luzes interiores o designer tem que se preocupar com o levantamento das fontes existentes na época. No nosso exemplo, teríamos que buscar a criação de ambientes que dessem a impressão de serem iluminados por velas, archotes, etc.
Muitas vezes também a preocupação volta-se para os cenários e figurinos. O designer tem que saber exatamente os efeitos das cores luz sobre as cores pigmentos, realçando assim o trabalho conjunto da obra.
De maneira geral, a busca por uma iluminação que transmita momentos históricos sempre é prazerosa. É o trabalho de pesquisa minucioso da linguagem visual que torna o trabalho mais empolgante.
Uma maneira bastante interessante de buscarmos essas informações, e talvez a mais importante e completa, seria o estudo das obras pictóricas dos contemporâneos de determinada época. Os artistas da tela sempre se preocuparam com a luminosidade em suas criações. Isso facilita sobremaneira o contato com a experiência visual que esses povos possuíam.
Sempre será possível avaliarmos o "sentido" ou "essência" de cada época também através da literatura, da música, etc. Basta ter a mente e o coração abertos.
O artista deve se envolver na sua obra de maneira que consiga sentir profundamente o "espírito" de sua busca.
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